As palavras escritas são mais sérias, mais sinceras, mais certas e ouvem-se melhor. Ela está habituada a falar comigo por palavras escritas. Conto-lhe como tudo aconteceu, explico-lhe como me sinto, e que nunca lhe quis fazer mal, que a guardo comigo para sempre, que, se pudesse, dava-lhe tudo o que ela quer e merece, mas não posso porque não sei. Porque não é isso que eu quero. Mas que isso não quer dizer que não a tenha amado, que, de certa forma, não a ame ainda. Nunca desejei tanto uma mulher, nunca me senti tão amado e protegido, nunca dei e recebi tanto, nunca vivi um amor assim. Mas não posso abdicar da minha vida para ficar com ela, e ela tem que perceber isso. Ela merece mais e melhor, merece um tipo que seja dedicado, o que eu não sou. Agora que penso nisto tudo, tenho tantas coisas para lhe dizer que nem sei por onde começar. Talvez comece pelo fim, pelo prazer enorme que é estar com ela, esta ansiedade quase incontrolável que antecede os nossos reencontros, de a ter, de a agarrar, de ficar horas e horas na cama com ela, a descansar encostado ao peito dela, a ouvir as batidas dos nossos corações até se encontrarem no mesmo tempo e modo. Como ela me encheu a vida e o coração, e me mostrou uma forma completamente nova de ser e de estar, me emprestou uma luz que não conhecia, como ela sempre foi a mais querida e mais linda, a melhor pessoa que conheci, apesar dos seus medos, das suas tristezas e das suas infantilidades. Como o seu nome, escrito nos vidros do comboio, quando atravessava a terra à procura de mim próprio, me fazia companhia e me guiava como uma bússola, como sonhava com ela e a desejava e tantas vezes a via, sem saber, em outros corpos com quem apenas trocava fluidos e desespero, ainda e sempre à procura de mim, dela, não sei já bem de quê. De como ela me ensinou a conhecer-me melhor, a ouvir-me melhor, a procurar em mim os defeitos em vez das qualidades. Do legado imenso de doçura e paixão que ela me emprestou para sempre. Do seu olhar de menina pequenina, das suas mãos claras, do tamanho das minhas, da sua pele com cheiro a bebé, da sua cara mimada quando dormia ao meu lado, do seu jeito especial para falar comigo e me suavizar o coração. De como eu gostava, daqui a uns anos, que nos voltássemos a encontrar e dar-lhe o que agora não posso, não quero, ou não sei.
De Pedro a Inês,
Bird's Soul
Bird's Soul
opáa, que lindo. Até me tocou no coração *-*
ResponderEliminaresta perfeitoo, adorei. um grande beijinhoo*
ResponderEliminargostei bastante, da para ler em cada letra o amor que ele sentia.
ResponderEliminaradorei, nunca tinha lido coisa tão bonita como isto *-*
ResponderEliminarestá tão doce +.+
ResponderEliminaré um amor ler isto tudo :$ <3
ohhh amei, que post mais perfeito princesa da minha vida!!!!!!
ResponderEliminar"Fica (para sempre) comigo, ficas? Mesmo sabendo que o sempre é pura ilusão, que não existe o "viveram felizes (para sempre)" e que a palavra eterno não deveria, sequer, constar no dicionário. Mas, mesmo assim, quero que fiques (para sempre) ao meu lado e quero partilhar o meu sorriso com o teu... São tão mais bonitos juntos, não vês? (:
ResponderEliminarÉs e serás (sempre) parte do melhor que tenho no coração. És e serás (sempre) uma das minhas maiores qualidades. E, se queres saber, não estou disposta a abdicar de ti. Sabes o quanto gosto de ti, sabes bem...*
(quero recordar, sempre, os tempos em que me chamavas da forma mais terna possível: "docinho de irmã")"
Fico... sempre :)
Mesmo lindo :')
ResponderEliminarBeijinhos*
Jane :)
está tão belo *-*
ResponderEliminarbeijo*
E isto faz-me tanto lembrar ele a falar comigo!
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