quarta-feira, março 12, 2014

Meu amor, 

escrevo-te porque transbordo de felicidade e não posso, não quero, não sei esconder, não conseguiria nem à força esconder a felicidade que me sai pelas pontas dos dedos, nestas mãos irrequietas, bailarinas, encantadas por te terem achado, por te acharem uma e outra vez, repetidamente, confiadamente até deixarem de ser mãos. E acordar-te e adormecer-te com estas mãos, estas mãos, as minhas mãos, irrequietas, bailarinas, encantadas. E amar-te, com estas mãos a dançar pelas tuas mãos, às 4h da manhã, às 7h da manhã, às 9h da manhã, às 11h da manhã, até deixar de haver tempo que nos deixe acumular mais uma quantidade imoderada de pontos de felicidade para o futuro. E, ainda assim, ser feliz na mesma, ser feliz na tua ausência, ser feliz na tua demora, ser feliz no teu regresso, só porque estas mãos, extasiadas e cansadas de tantos rodopios, continuam afinal cheias de ti, as sortudas.

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