Quatro anos. Durante esse tempo, lembro-me de ter tido duas casas. Numa delas cresci, tornei-me mulher. Na outra fiquei para sempre menina. A primeira será sempre uma casa. Uma, igual a tantas. A segunda, muito mais do que isso. Foi um mundo... com mundos por dentro. Um desses mundos era o meu lugar favorito. Tinha a temperatura certa da felicidade e foi lá que me apaixonei pela primeira vez. Ele morava lá também. Chamava-se piano. Tinha-lhe um amor tão grande que nunca foi capaz de caber em palavras. Sentia que podia passar uma vida inteira embalada nas melodias que me saiam da ponta dos dedos sempre que o abraçava. Típico de um primeiro grande amor. Ingénuo e inocente. Uma vida inteira é muito tempo...! - um dia percebi. Deixei-lhe o meu coração de menina e uma carta de despedida. Comigo, trouxe apenas uma mala cheia de sonhos. Onze anos depois... E fica a certeza de que há amores que nunca morrem... Adormecem.
há amores assim <3
ResponderEliminarhá amores que nunca morrem. adormecem. OH MEU DEUS, que perfeito
ResponderEliminarAmores que nunca morrem...sem duvida *
ResponderEliminar"Amores que nunca morrem" sem palavras
ResponderEliminarEstou apaixonado por este blog.
Ricardo Pinto
"Sabia, tão simplesmente, que gostava de passear os meus dedos pelo teclado preto e branco e de me embalar ao som das várias notas que ia tocando."
ResponderEliminarAdorei a delicadeza deste texto ^^,
Adorei :) Que palavras tão bonitas (:
ResponderEliminarAdoro o teu blog. Gosto mesmo de ler o que escreves :) Vou seguir-te ^^